2ª Caminhada Pelo Fim da Violência Contra Mulheres e Meninas reúne mais de 200 pessoas em Goiânia

04/12/2022 Ação Social, Notícias

Com sucesso de público, a 2ª Caminhada Pelo Fim da Violência Contra Mulheres e Meninas, ação promovida pelo Grupo Mulheres do Brasil, reuniu mais de 200 pessoas na manhã deste domingo (4/12), no parque Vaca Brava, em Goiânia. A Ordem dos Advogados do Brasil – Seção Goiás (OAB-GO) e a Caixa de Assistência dos Advogados de Goiás (Casag) são apoiadoras do evento.

Considerando o aumento dos casos de feminicídio, estupro e violência doméstica em 2022, bem como os crimes contra a honra, como calúnia, difamação e injúria, a ação é voltada à garantia dos direitos das mulheres e integra a campanha internacional de combate à violência. No Brasil, a mobilização se iniciou no Dia Nacional da Consciência Negra e se encerra no Dia Internacional dos Direitos Humanos, celebrado no dia 10 de dezembro.

A presidente da Comissão de Direitos Humanos (CDH) e coordenadora de políticas públicas do Grupo Mulheres do Brasil, Larissa Junqueira Bareato, afirmou que o objetivo da caminhada é a conscientização. “A ideia é fazer com que as pessoas prestem atenção no tamanho da violência que está acontecendo cotidianamente contra nossas mulheres e nossas meninas”, disse.

A presidente da Comissão da Mulher Advogada (CMA), Fabíola Ariadne, pontuou que todas as ações contra a violência são importantes para dar visibilidade ao problema. “Se a gente não fala, não cobra das autoridades, a violência não tem solução. Precisamos mostrar como Goiânia é uma cidade perigosa para as mulheres. Precisa-se criar políticas públicas para evitar esse tipo de violência que ocorre cotidianamente”, relatou.

Mobilização 

Com público diverso, a caminhada reuniu homens, mulheres, crianças e idosos, todos vestidos em tons de laranja, cor escolhida pela Organização das Nações Unidas (ONU) para se criar uma visão simbólica de um mundo livre da violência contra mulheres e meninas.

Líder do Grupo Mulheres do Brasil Núcleo Goiânia, a empresária Sandra Mendes explica que o evento integra uma ação global de combate à violência contra as mulheres. “Nós temos 123 núcleos no Brasil e no exterior, e hoje todos estão com essa ação. Nos grupos, trabalhamos o protagonismo feminino, e não há como falar sobre isso se não falarmos sobre a desigualdade racial, a desigualdade no mercado de trabalho, entre outras formas de violência”, contou.

A advogada Iara Leal destacou a importância da ação, considerando que a violência contra as mulheres ocorre em todos os lugares. “Nós estamos vendo os casos de violência contra as mulheres e meninas aumentarem. Essa caminhada é uma forma de mostrar que estamos, sim, unidas, cobrando das autoridades a criação de políticas públicas contra essa realidade”, disse.

Bibliotecária aposentada, Vera Veiga compareceu ao evento junto com o marido, José Franco, onde ambos expuseram indignação frente ao crescimento nos casos de feminicídio e violência. “Hoje todos nós temos acesso à informação, mas vemos o aumento nos números de violência todos os dias na mídia, seja ela contra mulheres ou meninas. Esses movimentos são importantes para conscientizar as pessoas. Já passou da hora dessa violência acabar!”, pontuou Vera.

A estudante de Direito Cárita Silveira afirmou que, apesar da Lei Maria da Penha existir desde 2006, a violência não acabou. “Em pleno 2022, ainda somos agredidas tanto fisicamente quanto verbalmente. Por isso, estamos aqui hoje para defender os nossos direitos, os direitos das mulheres. Esse movimento serve para mostrar que a população está se mobilizando para tomar providências contra essa realidade”, salientou.

União 

Representantes da OAB-GO e Casag estiveram presentes no evento. Participaram as conselheiras seccionais Amanda Souto, Thawane Larissa, Thaís Moraes, Fabiana Accioly, Jordanna Araújo e Tatiana Givisiez, além da presidente do Tribunal de Ética e Disciplina (TED), Ludmila Torres, a vice-presidente da Casag, Néli Cárita, a presidente da Comissão de Cultura (CC), Lídia Lamounier, a presidente da Comissão de Mediação e Conciliação (CMC), Sônia Caetano, e a secretária-geral da Comissão dos Direitos da Criança e do Adolescente (CDCA), Mariana Soares.

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