Polícia Federal entra no caso de Luziânia


O ministro da Justiça, Tarso Genro, anunciou, nesta terça-feira (9), na presença dos presidentes do Conselho Federal da OAB, Ophir Cavalcante, da OAB-GO, Henrique Tibúrcio, e da Subseção de Luziânia, Divino Luiz Sobrinho, que a Polícia Federal está disponível para ajudar nas investigações sobre o desaparecimento de seis jovens no município de Luziânia, cidade goiana localizada no entorno do Distrito Federal. Segundo o ministro, a Polícia Federal entrará no caso a partir desta quarta-feira (10), o que já foi combinado com o secretário da Segurança Pública e Justiça de Goiás, Ernesto Roller. O anúncio foi feito diante de mães e parentes dos jovens que sumiram. O diretor-tesoureiro da OAB nacional, conselheiro federal Miguel Ângelo Cançado, acompanhou o encontro.

A entrada da Polícia Federal no caso atende a um pedido da OAB. Os presidentes Ophir Cavalcante e Henrique Tibúrcio entregaram ao ministro um ofício descrevendo o transtorno que o desaparecimento dos jovens vem causando.  "Diante da gravidade do assunto, bem como da falta de solução para os referidos casos, requeiro a Vossa Excelência o exame da viabilidade do ingresso da Polícia Federal nas investigações acerca do sumiço dos rapazes, todos moradores de mesmo bairro da cidade goiana, colaborando, assim, com o trabalho que já vem sendo executado pelas forças policiais daquele Estado", afirma o presidente do Conselho Federal da OAB no documento.

"É o momento de unir esforços porque, quando se trata de desaparecimento de pessoas, o tempo corre contra", disse Henrique Tibúrcio. "A PF tem um banco de dados vasto, um serviço de inteligência com alta tecnologia, e vai colaborar bastante neste sentido, mas isto não desqualifica, de maneira nenhuma, o trabalho que vem sendo feito pela polícia goiana", garantiu ao lembrar que, segundo o ministro, a PF entra no caso, mas o comando das investigações ficará à cargo da polícia goiana.

Os sumiços em Luziânia começaram em 30 de dezembro, quando o jovem Diego Alves Rodrigues, 13 anos, não retornou mais para casa. Ele saiu de casa, no Parque Estrela Dalva 4, para ir a uma oficina de carros. Nunca mais foi visto. Na sequência, Paulo Victor Vieira de Azevedo Lima, 16, George Rabelo dos Santos, 17, Flávio Augusto Fernandes dos Santos, 14, Divino Luiz Lopes da Silva, 16, e Márcio Luiz Lopes, 19, sumiram. Todos do mesmo bairro. Nenhum deles é considerado rebelde pelos familiares.

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