OAB vai apurar participação de Lula nas denúncias de corrupção

 

O Conselho Federal da OAB decidiu na manhã desta segunda-feira, 7, formar uma comissão de advogados para avaliar se houve ou não, improbidade administrativa por parte do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A crise política, instaurada há quase 6 meses no país e a suposta participação do presidente da República nesse processo, serão pauta do levantamento da comissão, formada por representantes do colegiado.

O relatório será apresentado ao Conselho Federal no início de dezembro. Com base no levantamento da comissão, a Ordem vai decidir se propõe ou não o impeachment do presidente.

O presidente da OAB-GO, Miguel Cançado, concedeu entrevista ao programa Paulo Beringhs, nesta segunda-feira, para falar sobre o posicionamento da seccional. “O Conselho Federal agiu bem em analisar se realmente houve participação do presidente Lula em todas essas denúncias. A OAB vai agir com prudência, dentro da legalidade, respeitando sempre a moralidade e a ética.”

Em 1992, a Ordem foi responsável pela assinatura do impeachment contra Fernando Collor. No caso do PT, para Miguel Cançado, as circunstâncias políticas são ainda mais sérias. “As denúncias hoje, contra o Lula, são ainda mais graves, mas não há um apelo popular a favor do impeachment, como houve na época do Collor. A mobilização popular também é decisiva nesse processo. É por isso que a Ordem é cautelosa em questões tão sérias como essa que, além de abordar o lado político, aborda o técnico e muda profundamente a estrutura política do país”, afirmou.  

07/11 – 17h45