O presidente da Ordem dos Advogados do Brasil, Seção de Goiás, Miguel Ângelo Cançado, considera prejudicial para as próximas gerações o sentimento de descrédito dos cidadãos no poder público. A declaração foi feita, nesta quinta-feira (12), por ocasião de um estudo divulgado pelo Banco Mundial (Bird), nesta semana, que revela que o controle da corrupção no Brasil atingiu em 2006 o seu menor patamar em dez anos. A pior conseqüência desse tipo de pesquisa é o descrédito da sociedade no Estado e no agente público, observou Miguel Cançado.
Segundo o relatório, o índice brasileiro de controle de corrupção, que mede a extensão em que o poder público é usado para ganhos privados, caiu para 47,1 em 2006, em uma escala que vai de zero a cem. Em 2000, o país chegou a ter um índice de 59,1. Para o presidente da Seccional goiana, o resultado do estudo demonstra a realidade brasileira, no entanto, ele acredita que é preciso reagir contra tal situação. Os números revelam, inegavelmente, que os atos corruptivos aumentaram. Por isso, é preciso combater esse quadro com medidas efetivas, e, para isso, a punição é fundamental, afirmou.
Miguel Cançado ressaltou ainda a importância da atuação das entidades civis na luta contra a corrupção. Nesse sentido, o presidente da OAB-GO lembrou das ações da empreendidas pela Seccional: o Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral e a campanha Pela Ética e Moral. E finalizou: Devemos acreditar na reversão deste preocupante quadro.
13/7 10h