Como foi sua trajetória profissional na advocacia até chegar aqui como conselheiro(a) seccional da OAB-GO?
Me formei em 2009 e fui para São Paulo, onde atuei como advogada por um ano. Durante esse período, tive a oportunidade de conhecer diferentes modelos de advocacia, o que me encorajou a abrir meu próprio negócio mesmo com pouco tempo de formação.
Retornei a Goiânia no final de 2011 e estabeleci meu escritório, atuando de forma autônoma desde então. Ao longo da minha carreira, encerrei duas sociedades para investir em novos projetos e parcerias, o que é o modelo atual do meu trabalho. Sempre me interessei por políticas institucionais e, como voluntária, representei a OAB-GO no conselho de transparência pública e combate à corrupção do estado de Goiás, além de ter atuado como secretária da comissão de direito tributário.
Também representei a OAB em 2014 no programa de educação fiscal do Estado de Goiás e no CODESE (Conselho de Desenvolvimento Social e Econômico). Atualmente, ocupo o cargo de vice-presidente da comissão de agronegócio e sou conselheira seccional. Além disso, fora do âmbito da OAB, também me envolvi em políticas públicas. Fui advogada voluntária e presidente do Observatório Social de Goiânia, vice-presidente do CODESE e candidata a vereadora em 2012. Também escrevi um livro intitulado “Quando os gatos saem, os ratos fazem a festa”.
Em 2016, durante quase um ano, atuei de forma voluntária junto com minha equipe de estagiários e advogados recém-formados na cidade de Aragoiania, em parceria com o Padre Alaor, pároco da cidade. Nosso objetivo era proporcionar atendimento jurídico às pessoas de baixa renda, além de permitir que os estagiários e advogados tivessem contato com um público diferente e pudessem atuar em áreas diversas, o que proporcionava aprendizado não apenas técnico, mas também social.
Acredito que a advocacia nos aprimora em diferentes aspectos e que podemos obter não apenas retorno financeiro, mas também retorno social, pois temos um papel importante na defesa dos direitos dos cidadãos. Realizei diversas palestras sobre controle social, estabelecendo uma relação com minha carreira como advogada, que envolve a defesa de direitos e o cumprimento das leis. Acredito que nossa sintonia com a lei nos permite defender uma parcela da sociedade que, de outra forma, não teria acesso transparente aos seus direitos.
Como você tem contribuído no Conselho Seccional para o impulsionamento da advocacia?
Atuar em prol da sociedade, especialmente no controle social e na melhoria das políticas públicas, sempre foi um caminho que me atraiu. Quando o Presidente me convidou para representar minha classe, mesmo estando grávida e ciente dos desafios de ser mãe recentemente, não pude recusar.
No Conselho Seccional, ocupo o cargo de vice-presidente da comissão de direito do agronegócio e busco impulsionar o uso dos espaços disponibilizados pela OAB-GO aos advogados, assim como os recursos oferecidos pela CASAG. Além das responsabilidades habituais do cargo de conselheira, procuro ser participativa e elevar o prestígio do Conselho.