Juiz, Promotor e Advogado Precisam Cuidar do Físico

09/08/2010 Artigo, Notícias

O artigo “Juiz, Promotor e Advogado Precisam Cuidar do Físico” é de autoria do juiz de Direito Jesseir Coelho de Alcântara.

Normalmente os operadores do Direito de modo geral são pessoas que vivem uma vida sedentária, haja vista que se sentam muito para ler, pesquisar, escrever, usar a Internet, participar de audiências e sessões, etc. Esses profissionais geralmente têm um grande desgaste mental. Consequência disso muitos se esquecem de exercer atividade física e mal bebem água, trocando por enorme ingestão de café. Outros, fumam exageradamente e há grande quantidade de colegas que se alimentam mal, além de mastigar o alimento rapidamente, praticamente engolindo-o inteiro.

Sedentarismo é definido como a falta e/ou ausência e/ou diminuição de atividades físicas ou esportivas. Considerado como a doença do século, está associada ao comportamento cotidiano decorrente dos confortos da vida moderna. Pessoas com poucas atividades físicas e que perdem poucas calorias durante a semana são consideradas sedentárias ou com hábitos sedentários. Uma vida sedentária é caracterizada pela ausência de atividades físicas podendo provocar um processo de regressão funcional, perda de flexibilidade articular, além de comprometer o funcionamento de vários órgãos, distinguindo-se um fenômeno associado à hipotrofia de fibras musculares, além de ser a principal causa do aumento da ocorrência de várias doenças, como a hipertensão arterial, diabetes, obesidades, aumento do colesterol infarto do miocárdio , e atuar direta ou indiretamente na causa de morte súbita. São considerados problemas como hipertensão arterial, dores nas articulações (joelhos, calcanhares) e esforço físico excessivo de modo a não prejudicar a postura e a coluna vertebral.

Existem diversas sugestões para os indivíduos sedentários poderem adotar uma mudança de estilo de vida, de acordo com as possibilidades ou conveniências de cada um: A prática de atividades físicas, esportivas: caminhar, correr, pedalar, nadar, praticar ginástica, exercícios com pesos, jogar bola são propostas válidas para se combater o sedentarismo e melhorar sua qualidade de vida. É recomendada a consulta a um médico e um educador físico para a orientação das melhores atividades físicas já que não são recomendadas as mesmas atividades para todas as pessoas. A prevenção é muito importante.

O grande problema é que nós, juristas, ficamos muito preocupados em aprender leis e estudar o Direito, o que é muito bom e salutar, porém não podemos nos esquecer que para aprender e estudar melhor, necessário se faz a urgente abolição do sedentarismo para que o rendimento seja melhor. É preciso ter qualidade de vida e fazer um check up médico periódico .

Infelizmente muito profissional que atua na área jurídica envelhece mais depressa que os demais, talvez exatamente porque tem um apego exagerado ao estudo do Direito olvidando-se de cuidar de seu físico. As consequências são: obesidade, calvície, rugas, osteoporose, doenças cardíacas, hemorróidas, disfunção erétil, problemas de pele, bico de papagaio, pressão alta, artrite, artrose, depressão, mau humor, etc. Claro que não precisa ser um médico para se entender desse assunto, afinal toda pessoa de bom senso tem pleno conhecimento da matéria quando se fala de saúde física e mental.

O estresse pode causar insônia, pressão arterial alta, problemas cardíacos e baixa imunidade. Ou, ainda, estimular a pessoa a desenvolver autocontrole, comer conscienciosamente e exercitar-se. O segredo é saber equilibrar o nível do estresse. Isso se reflete na qualidade de vida: saúde, produtividade, criatividade e crescimento pessoal. Uma enquete proposta pela Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB) propõe que os Juízes opinem sobre o desgaste como parte integrante do cotidiano de julgamentos, e como isso influencia a vida social e familiar. A Escola Nacional da Magistratura promoveu um Curso de Gerenciamento do Stress, que foi realizado no dias 21 e 22 de junho, em Porto Alegre (RS). Organizado pela International Stress Management Association no Brasil, apresenta propostas para lidar com o stress nas organizações e sua fisiologia, aspectos clínicos das doenças do trabalho e técnicas e estratégias para reduzir a tensão. Um dos palestrantes é James Campbell Quick, PhD da University of Texas, em Arlington, um dos pioneiros nos estudos do stress preventivo em organizações. A AMB trouxe o resultado enquete sobre estresse no trabalho. No ar desde 3 de junho, a pesquisa contou com a participação de 321 magistrados que responderam se a carga de trabalho interfere na qualidade de vida. Para mais de 80% dos juízes, o bem-estar é abalado pela quantidade de trabalho. Apenas 14,64% responderam às vezes e 2,8% raramente. Para somente 1,87% dos participantes a carga de trabalho, muitas vezes excessiva, nunca interferiu na qualidade de vida.

Em tudo o que foi dito a conclusão é a seguinte: Juiz, Promotor e Advogado precisam cuidar do físico.

×