Alarmada com a divulgação pela imprensa local de lamentáveis estatísticas da criminalidade em todo o Estado, a OAB-GO alerta governo e sociedade para a necessidade urgente de uma força tarefa permanente para o efetivo combate à violência em Goiás. Pesquisa divulgada ontem pela Rede de Informação Teconólogica Latino Americana (Ritla) e pelos ministérios da Justiça e da Saúde, que traçou um Mapa da Violência dos Municípios Brasileiros 2008, com dados de 2002 a 2006, revela que nosso Estado possui 28 cidades entre as 556 listadas.
Para o presidente da OAB-GO, Miguel Ângelo Cançado, é extremamente preocupante o fato de Goiânia aparecer na 17º posição do estudo, com o maior número absoluto de homícidios. O resultado é lamentável e comprova o que temos acompanhado pela mídia nos últimos anos, ou seja, o crescimento rápido da criminalidade na capital. Estão na lista dos 200 municípios mais violentos, Aparecida de Goiânia, Luziânia, Anápolis, Águas Lindas, Valparaíso e Rio Verde. O cidadão precisa de uma resposta rápida das autoridades, que precisam buscar soluções eficazes para garantir a segurança pública, disse o presidente da Seccional.
Miguel Cançado comenta outra estatística divulgada hoje pelo jornal O Popular. No penúltimo dia do primeiro mês deste ano, Goiânia registrou o maior número de homícidios desde 2000. Foram assassinadas 52 pessoas em janeiro de 2007. É inadmissível continuar tratando esses números como meros índices. Trata-se de muitas vidas perdidas e a sensação é de insegurança. A Ordem, há tempos, vem chamando a atenção das autoridades para os riscos de se protelar ainda mais uma reação enérgica do Estado, afirma. Segundo o presidente, é preciso pensar num conjunto de ações com vistas, ao mesmo tempo, a aumentar o efetivo policial nas ruas e os recursos para investimentos nas áreas social, de saúde e educação. É preciso um planejamento estratégico e um projeto de política social amplo, voltados para o cidadão.
O presidente da OAB-GO lembrou ainda que é dever do Estado proteger a sociedade e garantir a segurança dos cidadãos. Os criminosos não podem inverter essa ordem, disseminando a insegurança e o medo entre as pessoas de bem, conclui.
31/1 11h45