Giselle Câmara Groeninga falará sobre a Mediação Interdisciplinar, instrumento para a compreensão das relações e para a melhoria da comunicação, que utiliza os conhecimentos de várias disciplinas como o Direito, Sociologia, Psicologia e Psicanálise, oferecendo um novo enfoque para os relacionamentos.
Giselle é psicanalista pelo Instituto da Sociedade Brasileira de Psicanálise de São Paulo, diretora da Sociedade Psicanalítica de Campinas (presidente 97-98), presidente da Comissão Nacional de Relações Interdisciplinares do IBDFAM, membro do Conselho Executivo da International Society of Family Law e do Conselho Técnico do Instituto da Família.
Para Giselle, o conflito é inerente à vida e a Mediação é um importante instrumento para a sua compreensão. A Mediação estabelece as pontes entre o sistema familiar, o sistema jurídico e o meio social, diz. Quando uma família não é capaz de lidar com uma crise se faz necessária a ajuda de um terceiro, o mediador, para identificar os níveis do conflito e o profissional específico para lidar com este. Em um futuro próximo, possivelmente o mediador terá a função de um clínico geral, daí a importância da sua formação.
Abertura
A abertura do II Seminário de Direito de Família foi feita pela diretora da ESA, Larissa de Oliveira, pelos diretores do IBDFAM em Goiás, Gilson Gomes Borges Filho, que também é presidente da Comissão da Advocacia Jovem da OAB-GO, e Rodrigo de Oliveira Caldas. Gilson falou sobre o trabalho do Instituto em Goiás, onde há quase 100 associados.
O testamento particular foi um dos temas abordados pelo juiz Silvio Salvo Venosa. O Novo Código Civil traz algumas alterações, como a redução do número de testemunhas exigidas na feitura do documento e na ocasião da publicação
A professora Giselda Hironaka explanou sobre a Renovação dos Paradigmas no Direito de Família. Conhecida por ter uma personalidade carismática, é uma das mais renomadas palestrantes na área do Direito Civil no Brasil e no exterior. É doutora e Livre Docente pela Faculdade de Direito da USP. Ex-procuradora federal, é diretora nacional da região sudeste do IBDFAM e hoje é consultora da Faculdade de Direito da Alfa,
Giselda ratificou que houve uma mudança na estrutura familiar. Segundo ela, tabus foram rompidos e a família é hoje menos reprimida e mais sincera. Isto reflete no Direito, diz. Ai do Juiz, do Código ou do Direito que não acompanhar as mudanças. Para a professora, o CPC é pós-moderno em alguns pontos e retrógrado em outros. Eles traz pontos que combinam com o tempo atual. Mas na área da família puxaram um breque de mão que está difícil de desatar, ironiza. Giselda destaca que o novo CPC apresenta mais dúvidas e retrocessos que soluções. Agora temos que visualizar quais serão as multiplicidades de decisões que serão dadas nos tribunais e acompanhá-las até que subam nas mais altas cortes.
20/06 10h30