A Comissão de Direitos Humanos, Acesso à Justiça e Direitos Sociais da OAB-GO realizou, na última sexta-feira (31), uma vistoria na cadeia pública de Jussara. O objetivo da visita foi apurar uma denúncia sobre a má qualidade da alimentação dos reeducandos. Esta inspeção cumpre uma de nossas principais atribuições: evitar que os direitos humanos sejam desrespeitados, declarou o presidente da comissão, Paulo Gonçalves, que acompanhou de perto a vistoria.
Alexandre Prudente Marques e Cinthya Hayashida de Carvalho, membros da comissão, também participaram da inspeção. Durante a visita a equipe constatou apenas uma irregularidade: a alimentação é insuficiente. Os reeducandos fazem apenas duas refeições diárias, almoço e jantar. Considerando o horário da última alimentação, eles chegam a ficar mais de dezesseis horas sem comer, constatou Alexandre Prudente.
Em reunião realizada com o prefeito de Jussara, Joaquim Alves de Castro Neto, a Comissão de Direitos Humanos da Seccional goiana se uniu ao presidente da Subseção da cidade, Álvaro Brum; ao diretor da cadeia, Danilo de Carvalho; e ao diretor da regional noroeste da Secretaria de Estado de Justiça (Sejus), Nélio Vicente Fortunato, para reivindicar, pelo menos, o café da manhã para os reeducandos. O prefeito garantiu que vai atender ao pedido. Tudo o que estiver ao alcance da prefeitura, será feito, se comprometeu Joaquim Alves de Castro Neto.
A Comissão verificou ainda as condições de higiene da cozinha onde é feita a comida dos detentos, na Escola Agrícola de Jussara. Nenhuma irregularidade foi constatada.
Projeto de reforma
Na cadeia de Jussara, a
O diretor da regional noroeste da Sejus, Nélio Vicente Fortunato, informou que um projeto de reforma já foi encaminhado para o Departamento Penitenciário Nacional. O projeto visa à construção de um muro, uma sala de aula e uma oficina para a reabilitação dos detentos. As redes elétrica e hidráulica também serão contempladas, disse.
Nélio Vicente Fortunato esclareceu ainda que a reforma e a ampliação da cadeia, que dependem de verba federal, serão financiadas pela prefeitura, o conselho da comunidade e a Câmara Municipal de Jussara. Como os recursos do governo federal não foram liberados, nós assumimos o trabalho. Neste caso, até os reeducandos podem contribuir com a mão de obra.
4/9 14h25