Vice-presidente da OAB Nacional participa de encontro em Goiânia

20/09/2008 Antiga, Notícias

 


O vice-presidente do Conselho Federal da OAB, Vladimir Rossi Lourenço, participou neste sábado (20) da programação do VII Encontro Nacional dos Jovens Advogados e II Encontro da  Advocacia Jovem de Goiás, em Goiânia. Na palestra para os profissionais em início de carreira, Vladimir falou sobre a compensação de honorários de sucumbência recíproca, aquela atribuída tanto à parte vencida como a parte vencedora em um processo judicial. Explicou que a OAB tem lutado pela modificação da súmula nº 306 do STJ (de 22/11/2004) que determina que “os honorários advocatícios devem ser compensados quando houver sucumbência recíproca, assegurado o direito autônomo do advogado à execução do saldo sem excluir a legitimidade da própria parte”.


O vice-presidente disse que o instituto da compensação não poderia ser aplicado em relação aos honorários advocatícios quando da sucumbência recíproca das partes. “A advocacia brasileira tem lutado para que a referida súmula seja modificada na medida em que não há título suficiente para que se dê a compensação dos honorários recíprocos, já que credores e devedores são pessoas diferentes e, portanto, é incompatível a figura de honorários recíprocos”.


Vladimir Rossi falou sobre os honorários contratuais e dos decorrentes da sucumbência. Disse que a OAB defende a aprovação, no Congresso Nacional, do Projeto de Lei nº 478, de autoria do senador Valter Pereira (PMDB-MS), que altera dispositivos do Código de Processo Civil para aperfeiçoar critérios de fixação de honorários advocatícios no País. “Em grande parte os honorários são aviltados na fixação pelos juízes e é contra isso que a OAB vem lutando tanto”, disse. “Os honorários advocatícios correspondem ao salário do trabalhador, são a remuneração do trabalho do advogado”, diz. “É com o honorário que o profissional mantém sua família, seu escritório, seu dia-a-dia e, por isso, essa questão exige muito respeito, principalmente dos magistrados”.


Segundo o vice-presidente, é preciso que os advogados se manifestem quando tiverem honorários fixados de maneira aviltante. “As seccionais estão muito próximas a juízes estaduais e federais e devem estabelecer um diálogo constante de conscientização porque, às vezes, os juízes observam honorários que chamam a atenção pelo seu valor, mas não percebem que são resultado de trabalho de 15 anos, por exemplo, dedicados a uma causa”, disse. “Se fosse dividir o valor do honorário pelo tempo em que o advogado trabalhou, perceberia que recebeu até muito pouco pelo trabalho, se fosse computar mês a mês”.


A programação do VII Encontro Nacional dos Jovens Advogados e II Encontro da Advocacia Jovem de Goiás  começou na quinta-feira (18) e termina neste sábado (20), no auditório Eli Alves Forte da OAB-GO.


 


20/9 – 11h30


 


 

PHP Code Snippets Powered By : XYZScripts.com
×