Vice-presidente da OAB Nacional vai abrir Encontro de Ensino Jurídico

24/11/2006 Antiga, Notícias

 


     O vice-presidente nacional da Ordem dos Advogados do Brasil, Aristoteles Atheniense, vai abrir em Goiânia o IX Seminário Nacional de Ensino Jurídico. O evento será realizado entre os dias 3 e 5 de dezembro, no auditório Eli Alves Forte da OAB-GO. A realização do encontro na capital é uma deferência ao trabalho desenvolvido pela Comissão de Ensino Jurídico da OAB-GO, presidida pelo professor Arthur Rios. Estão confirmadas as presenças na abertura do presidente da Comissão Nacional de Ensino Jurídico da OAB, Paulo Medina, e do presidente da OAB-GO, Miguel Ângelo Cançado. A programação completa pode ser conferida no site www.oabgo.org.br


 


     Em recente visita ao Rio Grande do Sul, Aristoteles Atheniense, manifestou sua preocupação com a perda de garantias que a advocacia vem sofrendo ultimamente, com redução do seu papel de indispensabilidade à administração da Justiça. Para ele, “está-se criando uma falsa mentalidade de que o advogado burocratiza o processo e dificulta o acordo entre as partes – e nessa visão míope, quanto menor a presença do advogado ou sua influência, melhor, o que é absolutamente falso, pois isso representa prejuízos à sociedade, à cidadania como um todo”.



     Para Aristoteles, o desprestígio que a advocacia vem sofrendo “está na razão direta da má qualidade do ensino jurídico hoje no País”.  A vulgarização estaria decorrendo, em parte, do fato de as pessoas deixarem de conferir aos advogados a importância que realmente tem no âmbito da sociedade.


     Na visão do vice-presidente nacional da OAB, os problemas enfrentados pela advocacia em relação ao prestígio estão hoje muito vinculados à questão da má qualidade do ensino jurídico. “Um País que tem mais de  1.016 cursos de Direito e em que esse número aumenta gradativamente,  isso torna o mercado de trabalho cada dia mais comprometido pela má qualidade”, salientou. “Então, estamos enviando ao mercado uma quota muito superior à demanda e isso faz com que a carreira sofra um desprestígio”.

     Aristoteles observou, ainda, que num mercado com mais de 500 mil advogados, como o brasileiro, e com faculdades que anualmente formam um profissional com pouca qualificação, “esse advogado com má formação passa a exercer uma concorrência predatória, o que quer dizer que passam a oferecer o serviço bem abaixo do que esse serviço vale”. Segundo ele, além das distorções que tal fato gera ao mercado da advocacia ele tem outros efeitos colaterais: “Na medida em que tenhamos maus advogados, vamos ter maus juízes, maus promotores, maus delegados “.



     No que se refere ao Exame de Ordem, Aristoteles Atheniense conclamou a sociedade a prestigiar esse instituto como a porta seletiva de entrada da advocacia. “Não a porta escancarada, que possa admitir a entrada de qualquer pessoa, mas daqueles que estejam realmente capacitados”, disse.


24/11- 14h12

PHP Code Snippets Powered By : XYZScripts.com
×