A Corregedoria-Geral da Justiça de Goiás (CGJ-GO) realizará, de 19 a 30 de setembro, na 14ª Vara Criminal de Goiânia, um projeto piloto de Mutirão do Júri. Para discutir o assunto, foi realizada, nesta terça-feira (12), no auditório do Fórum Fenelon Teodoro Reis (Criminal), reunião entre advocacia, magistratura, Ministério Público e Polícia Militar.
Presidente da OAB-GO, Henrique Tibúrcio participou da discussão, que teve também a presença de alguns dos integrantes do comitê de organização do evento: primeiro juiz-auxiliar da corregedoria Carlos Magno Rocha da Silva; diretor do Foro de Goiânia, juiz Donizete Martins; juíza da 14ª Vara Criminal de Goiânia, Maria do Socorro de Sousa Afonso da Silva; coordenador das promotorias de justiça da capital, promotor de justiça Alencar José Vital; conselheiro da OAB-GO Douglas Dalto Messora; além de vários advogados das partes que vão ser julgadas.
Henrique Tibúrcio destacou que a seccional critica quando considera necessário, mas é sempre parceira das boas iniciativas do Judiciário. "Acreditamos que o gargalo está no primeiro grau e não nos recursos, por isso, temos apoiado os mutirões processuais da Justiça goiana", afirmou. "Queremos contribuir com a melhoria da prestação jurisdicional", garantiu Henrique Tibúrcio, que pede o empenho dos profissionais envolvidos nos processos escolhidos para participar do mutirão. Nesse sentido, a juíza Maria do Socorro ponderou: "O sucesso do mutirão depende da comunhão de todos os integrantes dos julgamentos".
Dados
A expectativa é promover 95 julgamentos, divididos entre cinco bancas localizadas nos salões do primeiro e do segundo Tribunal do Júri de Goiânia; na sala 1 da Escola Superior de Advocacia de Goiás (ESA-GO) e nos auditórios do Tribunal de Justiça de Goiás (TJ-GO) e do Fórum Fenelon Teodoro Reis.
O mutirão visa dar cumprimento à meta 4 do Grupo de Persecução Criminal, estabelecida pela Estratégia Nacional de Justiça e Segurança Pública (Enasp), que é coordenada pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Em Goiás, a Enasp é supervisionada pela CGJ-GO.
A força-tarefa realizará, a cada dia, 10 sessões do Tribunal do Júri e a previsão é de que os julgamentos contarão com a presença de dezenas de juízes, oficiais de justiça, advogados e membros do Ministério Público (MP). "Estamos preparando uma estrutura de logística para garantir o sucesso do evento", garante o coordenador do projeto e gestor da meta, primeiro juiz-auxiliar da CGJGO, Carlos Magno Rocha da Silva.