Pela primeira vez na presidência da subseção de Acreúna da Ordem dos Advogados do Brasil – Seção Goiás (OAB-GO), a presidente Ediane Aparecida da Cruz Ribeiro visualiza três prioridades para o trabalho que desenvolve para a advocacia de Acreúna e as delegacias de Jandaia e Paraúna: a necessidade de um ponto do INSS para realização de perícias médicas; a construção da sede da subseção; o relacionamento com o Judiciário local.
Ediane pontua que a boa comunicação com o Judiciário local está intimamente ligada ao dia a dia da advocacia. Ela lembra que o tema foi objeto de reunião com a Seccional Goiana da Ordem no início de abril. “A Seccional me deu amparo quando levei a questão. Inclusive fui acompanhada pela Procuradoria de Prerrogativas em uma reunião no TJ”, conta.
A gestão da primeira mulher eleita presidente da subseção de Acreúna também enfrenta um desafio no âmbito previdenciário. A presidente relata que a comarca carece de um posto do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) para realização de perícias médicas.
A ideia é buscar parceria com o INSS para implantar perícias médicas na comarca. Há dificuldades para os cidadãos e os advogados previdenciaristas – quase 90% dos profissionais da subseção atuam na área, segundo ela. “Os constituintes e os advogados precisam se deslocar para outras cidades. Há casos de quem precisa deslocar-se até Goiânia para realizar a perícia”.
Para quem mora em Acreúna, ir a Goiânia e voltar, por exemplo, representa uma viagem de cerca de 300 km para realizar uma perícia médica. Há quem consiga fazer a perícia “mais perto”, em Rio Verde (distante 87 km) ou Palmeiras de Goiás (102 km), conta a presidente.
Outra pauta da subseção para o triênio, segundo Ediane, é a edificação da sede da subseção. O lote doado para a subseção localiza-se ao lado do fórum local e passa pelo processo de regularização de documentação no Cartório de Registro de Imóveis. “Vamos buscar o diálogo com a Seccional para esse projeto”, diz. Atualmente, a subseção conta com sala no Fórum da comarca equipada com ar condicionado, quatro computadores e mobiliário.
Recompensa
A presidente da subseção ainda reflete sobre o papel da advocacia na sociedade. Com oito anos de profissão, e em seu primeiro mandato à frente da subseção, Ediane Aparecida carrega um sentimento recompensador pela advocacia. “Foi a advocacia que me escolheu. Ser advogada é muito gratificante. Poder ajudar o próximo com o meu conhecimento é muito recompensador”, considera.
Ter sido a primeira mulher eleita para a subseção também significa um marco. “Isso impacta em igualdade dentro do Direito, na advocacia e nas outras áreas”, avalia.