Palestra discute os cinco anos da Lei Maria da Penha

01/09/2011 Evento, Notícias

A Comissão da Mulher Advogada (CMA) da OAB-GO promoveu, na terça-feira (30), a palestra Reflexões Acerca dos 5 Anos da Lei Maria da Penha. O evento foi realizado na Escola Superior de Advocacia da OAB-GO (ESA), que apoia o evento juntamente com a Associação Brasileira de Mulheres de Carreira Jurídica de Goiás (ABMCJ-GO) e a Caixa de Assistência dos Advogados de Goiás (Casag). Para a presidente da CMA, Karine Dias Vitoy, a violência doméstica ainda é um assunto muito pujante no nosso seio social. “É importante debater essa questão. Os dados mostram que esse ainda é um problema gravíssimo e a sociedade precisa estar atenta”, afirmou. Também participaram do evento a vice-presidente da CMA, Ilana Seabra, e a presidente da Comissão de Cultura da instituição, Eliane Brito.

O assessor-geral e delegado da Polícia Civil, Aristóteles Sakai, foi um dos palestrantes. Aristóteles, que já esteve à frente da Delegacia Especial da Mulher em Goiânia, destacou a importância da Lei Maria da Penha e sua aplicabilidade. Para ele a violência doméstica tem vários vetores, sendo o principal a questão cultural. “A maior virtude da lei é questionar a nossa cultura, o comportamento do homem frente à mulher moderna, que ocupa cada vez mais seus espaços. Por incrível que pareça, a mulher, em muitas situações, ainda é tratada como objeto”, afirmou.

A psicóloga e professora da Pontifícia Universidade Católica de Goiás (PUC-GO), Vera Morselli, também palestrou no evento. Ela destacou que a violência é um problema sério em todos os sentidos e que é necessário, antes de tudo, se pensar nos direitos humanos, que é a base das relações sociais. “Ninguém tem o direito de agredir, bater, espancar ninguém. Por que o homem teria esse direito sobre a mulher?”, questionou. Vera ressaltou que a mulher era vista como um ser frágil, indefeso, mas que esse estereótipo vem mudando, já que hoje ela denuncia a violência que sofre. “Isso não adianta muito, pois não inibe a agressão, mas já é um grande avanço”, destacou.

Fonte: Assessoria de Comunicação Integrada da OAB-GO

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