OAB Goiás formaliza apoio à campanha “Menos Rótulo, mais Respeito”

06/02/2017 Campanha, Notícias

A Seção Goiás da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-GO) formalizou nesta segunda-feira (06) seu apoio institucional à campanha “Menos Rótulo, mais Respeito”, idealizada por procuradoras do Estado de Goiás. O objetivo é promover um trabalho de conscientização e de combate ao machismo que ainda permeia as relações de trabalho e profissionais contra a mulher, em todo âmbito social. A previsão é de que o projeto seja oficialmente lançado em março deste ano, mas o encontro de hoje permitiu delinear a proposta, estudar parcerias, bem como estabelecer estratégias para divulgação da campanha nos meios de comunicação e na sociedade.

Estiveram presentes nesta reunião o presidente e secretária-geral adjunta da seccional goiana, Lúcio Flávio Paiva e Delzira Santos Menezes, respectivamente; acompanhados do conselheiro federal Marcello Terto e Silva; do presidente da Caixa de Assistência dos Advogados de Goiás (CASAG), Rodolfo Otávio Mota; das conselheiras seccionais Eliane Simonini Baltazar Velasco, Lilian Pereira de Moura e Ariana Garcia do Nascimento Teles; e da presidente da Comissão Especial de Valorização da Mulher (CEVM), Kátia Pereira dos Santos Paiva; que receberam as procuradoras Carla Pinheiro Bessa Von Bentzen Rodrigues e Sandra Regina Maria Ferreira D’Artagnan de Castro.

A seccional já via expressado sua anuência à campanha através do apoio anunciado pela Comissão Especial de Valorização da Mulher (CEMV). A presidente da comissão, Kátia Paiva, justifica a relevância da iniciativa. “Vivemos em uma sociedade muito ‘rotulista’, que atinge não só as mulheres, mas a sociedade de forma geral. O objetivo da campanha é valorizar a mulher não só no ambiente de trabalho, mas em outros contextos, seja público ou privado, tendo em vista que as mulheres muitas vezes são menosprezadas e não tem suas ideias valorizadas”, avalia.

“Homens e mulheres ganharão um mundo muito melhor, não apenas no ambiente profissional, mas também pessoal, pois não dá pra estabelecer essa dicotomia. Essas esferas convergem-se. Estamos absolutamente otimistas e muito entusiasmadas em abraçar essa campanha, que tem uma mensagem clara e universal, além fronteiras. Se formos analisarmos culturalmente, percebemos a presença destas ‘mini agressões’, que podem ser muito sutis ou não, tanto no ambiente público, como privado”, afirmou Sandra Regina Maria.

A campanha
A procuradora estadual Poliana Dias Alves Julião conta como surgiu a ideia. “A proposta surgiu a partir de discussões em um grupo de Whatsapp, no qual trocávamos experiências e discutíamos diversas situações em que mulheres foram alvo de atitudes sexistas e discriminatórias. O foco da campanha será o ambiente de trabalho, mas obviamente a questão se desdobrará para outros contextos”, aponta.

Carla Pinheiro Bessa Von Bentzen Rodrigues, que também é procuradora estadual, explica a finalidade do projeto. “Queremos combater o que percebemos como sendo o machismo institucional e sensibilizar as pessoas, especialmente as mulheres, para quem fiquem atentas a situações de microviolência, que não é uma violência física, mas moral. A mulher no ambiente de trabalho muitas vezes é menosprezada; em reuniões, não é ouvida ou constantemente interrompida; não tem suas ideias valorizadas, a menos que sejam endossadas por um homem”, enumera. A procuradora afirma também que quer mostrar que as mulheres não precisam abdicar de suas ambições profissionais em função de uma eventual gravidez. “Queremos mostrar que as atribulações da maternidade podem e devem ser divididas com o parceiro”, completa.

Estão envolvidas na busca pelo auxílio de instituições do Sistema OAB e outras instituições, além da presidente da CEVM, a conselheira federal e procuradora do Estado, Valentina Jungmann, e as conselheiras seccionais Eliane Simonini Baltazar Velasco, Janine Almeida Sousa de Oliveira, Lilian Pereira de Moura e Ariana Garcia do Nascimento Teles, que também agendou reunião com a presidente da Comissão Nacional da Mulher Advogada (CNMA), no Conselho Federal, para apresentação da campanha e pedido por esforços de engajamento no plano nacional.

As procuradoras fizeram questão de enaltecer a receptividade ao projeto, em especial por parte da OAB. “Nós mulheres estamos nos mobilizando pela iniciativa das procuradoras, porque entendemos a necessidade da divulgação e adesão a essa campanha, de relevante importância para a sociedade, na intenção pelo respeito à capacidade intelectual da mulher, bem como o fim do preconceito institucionalizado. Além disso, a criação artística do projeto está belíssima, e é de autoria da publicitária Kétina Ferreira, da RR Publicidade”, diz a conselheira seccional Ariana Garcia. 

(Texto: Marília Noleto – Assessoria de Comunicação Integrada da OAB-GO) 

PHP Code Snippets Powered By : XYZScripts.com
×