A OAB-GO, por intermédio da Escola Superior de Advocacia (ESA) e das comissões de Segurança Pública e Política Criminal, da Mulher Advogada, de Direito Homoafetivo e de Direitos Humanos, aderiu à rede de enfrentamento ao tráfico de pessoas. Na noite de quarta-feira (13), a entidade, ao lado da Associação Comercial Industrial e de Serviços do Estado de Goiás (Acieg) e da Secretaria de Estado de Políticas para Mulheres e Promoção da Igualdade Racial (Semira), promoveu na Câmara de Goiânia o evento: Tráfico de Pessoas, Como Enfrentar o Problema?.
O objetivo é divulgar e esclarecer à sociedade sobre o que é tráfico de pessoas, além de buscar formas de colaboração para o grupo de trabalho da rede de enfrentamento, que se reunirá pela primeira vez na sede da ESA, dia 21 de março, às 17 horas. "Esse é um tema muito importante para o Estado e a OAB não poderia se furtar de participar. Goiás está entre os estados que tem o maior número de pessoas traficadas para o exterior e que recebe o maior número de estrangeiros traficados. Por isso, Goiás tem de trabalhar para reinserir essas pessoas na sociedade", afirma a diretora-adjunta da ESA e conselheira seccional da OAB-GO, Ludmila de Castro Torres.
Em vista disso, a OAB-GO está iniciando trabalho de conscientização e prevenção ao tráfico de seres humanos, sobretudo nas cidades que são rota. "No Colégio de Presidentes, que começa nesta quinta-feira (14), vamos convocar todos os presidentes de subseções a se juntar à rede", diz Ludmila.
Autoridades
Na abertura do evento, foi feita uma homenagem à líder feminista Zuleika Alambert, que faleceu no último dia 27 de dezembro aos 90 anos. Além disso, houve palestra com o deputado federal Arnaldo Jordy, presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Tráfico de Pessoas; com a advogada e presidente da Associação Brasileira de Defesa da Mulher, da Infância e da Juventude, Dalila Eugenia Maranhão Dias Figueiredo; com a psicóloga Maria Luiza Moura Oliveira e com o procurador da 2ª Procuradoria do Trabalho de Goiânia, Antonio Carlos Cavalcante Rodrigues.
Segundo Jordy, a CPI está tentando fazer sua parte em três eixos: debate com a sociedade civil; sensibilização e cobrança de aparelhamento mais consistente do Estado para combate ao tráfico de seres humanos; e produção de legislação mais eficaz. "Nosso ordenamento jurídico é obsoleto para tratarmos de um problema tão grave e complexo, um crime camuflado, escondido do olhar direto da sociedade", afirma.
O evento, coordenado pela advogada Elaine Noleto, contou com a presença de diversas autoridades municipais, estaduais e federais. Além de Ludmila e Elaine, a mesa diretiva foi composta pelo presidente da Comissão de Segurança Pública e Política Criminal da OAB-GO, Rodrigo Lustosa Victor; a presidente da Comissão da Mulher Advogada, Valquíria Imolési Aguiar Machado; a presidente da Comissão de Direitos Humanos da seccional, Mônica Araújo de Moura; a secretária estadual de Políticas para Mulheres e Promoção da Igualdade Racial, Glaucia Teodoro; a secretária municipal de Defesa Social, Adriana Accorsi; o secretário municipal de Turismo, Francisco Bento da Silva; a secretária municipal de Políticas para Promoção da Igualdade Racial, Ana Rita de Castro; o deputado estadual Mauro Rubem; os vereadores Virmondes Cruvinel, Thiago Albernaz e Dra. Cristina; e a presidente do Instituto Zuleika Alambert, Tereza Vitale.
Fonte: Assessoria de Comunicação Integrada da OAB-GO