As comissões da Mulher Advogada (CMA), Especial de Valorização da Mulher (CEVM) e Especial Advogadas Voluntárias (CEVA) da Ordem dos Advogados do Brasil – Seção Goiás (OAB-GO) promoveram o primeiro Café com Elas, que reuniu mais 60 advogadas de todo estado para um bate papo com o presidente Lucio Flávio de Paiva, na manhã desta quarta-feira (6), no salão social da Ordem. Na pauta, desafios, reinvindicações e sugestões das advogadas.
O objetivo do Café foi estreitar laços entre as advogados e a OAB e discutir a atuação da mulher advogada. Além de confraternizar e escutar as experiências. “Nosso compromisso é ouvir as demandas da advocacia referente aos interesses e assuntos peculiares. E também abrir a Ordem para todos os advogados e advogadas”, destacou Lúcio Flávio.
A secretária-geral adjunta da OAB-GO, Delzira dos Santos Menezes, revelou que a importância do debate é trazer as mulheres para a advocacia e lutar contra a violação de prerrogativas e o machismo. “Esta é uma oportunidade para muitas advogadas externarem seu sofrimento. A iniciativa do Lúcio é muito boa, pois traz as mulheres para dentro da Ordem e mostra como são engajadas e respeitadas”, comenta Delzira.
A presidente da Comissão Especial de Valorização da Mulher (CEVM), Kátia Paiva, destacou que o proposito do evento é aproximar as advogadas da Ordem, mostrar as propostas da comissão e trazer novos membros. “Hoje a mulher já alcançou muito espaço, mas ainda há o que alcançar. Essa luta constante pela valorização da mulher no trabalho tem sido muito respondida e essa união ajuda para que possamos batalhar em prol dessa causa”, revela Kátia.
A presidente em exercício da Comissão da Mulher (CMA), Samara, revela o compromisso da OAB em trazer uma interação entre as comissões. “Temos um cenário de desrespeito e desvalorização da mulher. Neste debate trouxemos a advogada para expor, ouvir e participar”, comenta.
A conselheira seccional e presidente da Comissão Especial de Valorização da Mulher (CEVA), Eliane Simoni, comenta que essa possibilidade dada pelo presidente para expor as dificuldades enfrentadas pela mulher advogada é uma atitude inédita. “Isso demonstra o interesse e compromisso da gestão da OAB em atender a todos os segmentos da advocacia”, afirma.
Pautas discutidas
Os principais assuntos abordados foram a revista às mulheres na entrada da Justiça Federal, Justiça do Trabalho e Justiça Estadual. Diante das situações expostas, Lúcio Flávio respondeu que a luta pelo fim da prática já está em tramitação. ”Foi enviado um oficio para o STF a fim de acabar com as revistas em advogados e advogadas, que é um problema nacional”, afirma.
Quanto ao problemas no Centro de Prisão Provisória (CPP), foi evidenciada a falta de flexibilidade no horário para atendimento de advogadas, ausência de parlatório na entrada e déficit de pessoal. Além disso, foi sugerida a criação da Comissão da Mulher em cada subseção, em busca de garantir maior representação e integração com a Seccional.
Diante aos temas, Lúcio Flávio afirma que o objetivo desta gestão é buscar soluções definitivas. Outro tema reivindicado foi a necessidade por maior integração das jovens advogadas às rotinas de trabalho da Ordem.
A conselheira seccional e vice-presidente da Comissão de Valorização da Mulher (CEVA), Ariana Garcia, expôs a necessidade de implementação do Plano de Valorização da Mulher Advogada. “Precisamos colocar as medidas em prática. Deve ser nosso objetivo sair do lugar comum de discussões feitas separadamente,” comenta Ariana.
A criminalização da violação das prerrogativas dos advogados – projeto que tramita no Congresso -, foi colocado como tema importante para a classe pela vice-presidente da Comissão de Direitos e Prerrogativas, Marcia Póvoa. “A defesa pelas prerrogativas é da classe. Diante do quadro do dia a dia, vemos situações específicas de desrespeito à advogada. A comissão de direitos e prerrogativas tá aqui para ouvir relatos dos constrangimentos vivenciados pela mulher advogada”, comentou a presidente.
A Escola Superior da Advocacia (ESA-GO), representada pela diretora adjunta, Antônia Martins, foi elogiada por levar cursos e formações às subseções. “Essa iniciativa foi fabulosa. Cada uma de nós já sofreu alguma intimidação, dissabor ou ofensa. A partir de agora vamos todas trabalhar para resolvermos essas questões”, destacou Antônia.
Estiveram presentes no evento a secretária-geral adjunta da OAB-GO, Delzira Menezes; a conselheira seccional, Allinne Garcia, conselheira seccional, Ana Carolina Barbosa, conselheira seccional e presidente da comissão de direito de família e sucessões, Ana Paula Félix, diretora-adjunta da ESA, Antônia Martins, conselheira seccional e vice-presidente da comissão especial de valorização da mulher, Ariana Garcia, conselheira seccional e presidente da comissão dos direitos da criança e do adolescente, Barbara Cruvinel; conselheira seccional e presidente da comissão especial das voluntárias advogadas, Eliane Simonini; presidente da comissão especial de inovação e gestão, Isis Passos; presidente da comissão especial de valorização da mulher, Kátia Paiva; juíza do TED, Larissa Bareato; presidente da Agatra (associação goiana dos advogados trabalhistas), Madalena Martins; vice-presidente da comissão de direitos e prerrogativas, Márcia Póvoa; presidente da comissão especial da advocacia corporativa, Maria Luiza Cavalcante; juíza do TED, Marly Marçal; conselheira seccional, Maura Campos; presidente da subseção de Palmeiras de Goiás, Meiri Nogueira Ferreira de Abreu; vice-presidente e presidente em exercício da comissão da mulher advogada, Samara Carvalho e Silva; conselheira seccional e presidente da comissão especial do advogado sênior, Sara Mendes; e conselheira federal, Valentina Jungmann.
