A OAB-GO lamenta o resultado da avaliação dos cursos superiores de Goiás no Exame Nacional de Desempenho de Estudantes 2012, o Enade, divulgado pelo Ministério da Educação. Goiás aparece com a pior média nacional, com 41,5% dos cursos avaliados com notas 1 e 2, as mais baixas da escala.
O curso de Direito é principal preocupação da Seccional, naturalmente. Três instituições de ensino privadas receberam as piores notas. "A avaliação do Enade tem que servir de alerta e reforça o que já sabemos: o ensino jurídico está sendo usado por empresários que visam apenas o lucro", afirma o presidente da OAB-GO, Henrique Tibúrcio.
"A situação é grave, como já temos alertado há muito tempo. Espero que nossa parceria com o MEC prospere no sentido de fiscalizar e penalizar os cursos de má qualidade", completa o presidente.
A má avaliação pode resultar no fechamento do curso ou o cancelamento do processo seletivo. "A mercantilização do ensino está evidente e o governo federal tem que ser rígido contra essa prática, que é extremamente nociva para a educação brasileira", destacou Tibúrcio.
O presidente da Comissão de Ensino Jurídico da OAB-GO, Carlos André, irá à Brasília no dia 23 de outubro para discutir com o Conselho Federal a melhora do ensino jurídico em Goiás. "Entre os pontos que a OAB-GO propõe está a melhora na qualificação ética, filosófica e deontológica dos profissionais. Além disso, é necessário melhorar o nível de matérias básicas." Carlos André chamou atenção para a necessidade da presença, no dia 23 em Brasília, dos interessados na melhora do ensino jurídico em Goiás.
Fonte: Assessoria de Comunicação Integrada da OAB-GO