A necessidade de um bom entrosamento entre juízes e advogados tem um único objetivo: promover a Justiça. A afirmação é do presidente da OAB-GO, Miguel Ângelo Cançado, que participou do curso de formação para juízes substitutos promovido pela Escola Superior da Magistratura do Estado de Goiás (Esmeg). Os juízes assistiram à palestra no último sábado, 31, na sede da Associação dos Magistrados do Estado de Goiás (Asmego). Foi a primeira vez que a OAB-GO foi convidada a participar do curso. O secretário-geral da Instituição, Celso Gonçalves Benjamin, os conselheiros Jorge Jungmann, Alexandre Guerra Marques, Reginaldo Martins, e o advogado e juiz do TRE, Reinaldo Barreto, acompanharam a aula. Miguel Cançado ratificou aos novos juízes que não existe uma escala hierárquica entre advogados, magistrados e membros do Ministério Público, conforme dispõe o Estatuto da Advocacia. Todos devemos estar preocupados com o bom andamento da prestação judiciária, disse. As relações entre juízes e advogados devem ser marcadas pelo respeito mútuo. O presidente da Seccional Goiana falou também sobre a garantia dada pelo Estatuto da Advocacia de se dirigir diretamente aos magistrados nas salas e gabinetes de trabalho. Sou até favorável a que o magistrado determine um horário de atendimento aos advogados, desde que ele possa ficar atento a exceções como um caso de um réu preso, por exemplo, explica. O que não pode acontecer é o juiz se negar a receber ou falar com o advogado, complementa lembrando que o direito de falar com o magistrado representa uma das prerrogativas da categoria. Esta norma vem sendo descumprida por parte dos magistrados que não reconhece a importância desta prerrogativa dos advogados. O Secretário-Geral da OAB-GO, Celso Benjamin, sugeriu aos novos magistrados que nunca se recusem a receber os advogados e que ajudem a mudar este quadro. Assim que assumirem suas respectivas comarcas, peçam uma reunião com o representante da OAB local, conversem com os advogados que militam na região, conheçam a realidade do lugar onde vão trabalhar e considerem a possibilidade de determinarem um horário para receber o advogado, detalhou. Celso, que presidiu a Comissão de Direitos e Prerrogativas na última gestão, lembrou que se o direito de ser recebido por um magistrado representa uma prerrogativa, uma garantia profissional, é o cidadão seu beneficiado. Por isto, sempre que entender que seja necessário, o advogado deve procurar o Juiz e ser recebido por este. 09/04 8h46