A Ordem dos Advogados do Brasil, Seção de Goiás, conseguiu o apoio do Ministério Público Estadual na constante campanha da entidade por melhorias na qualidade do ensino jurídico. O presidente da OAB-GO, Miguel Ângelo Cançado, acompanhado dos presidentes das Comissões de Ensino Jurídico, Flávio Buonaduce, e de Estágio e Exame de Ordem, Jônathas Silva, esteve hoje (1º) com o procurador-geral de Justiça, Eduardo Abdon Moura. O objetivo é convocar o MP a integrar uma ampla mobilização contra a proliferação de cursos de Direito no Estado e no país.
Para o presidente da Seccional, a luta pela qualidade do ensino jurídico não deve ser exclusiva da Ordem, como tem ocorrido. Essa preocupação, avalia Miguel Cançado, deve ser de toda a sociedade, em especial das carreiras jurídicas. “A OAB-GO quer reunir forças com outras instituições para alertar o Ministério da Educação e o Conselho Estadual de Educação para os riscos de manter a atual política de criação dos cursos de Direito”, afirmou.
O presidente da Comissão de Estágio e Exame de Ordem, Jônathas Silva, destacou que o elevado número de cursos de Direito em Goiás – ao todo são 35 – é uma perda para o bacharel e para a sociedade. “A advocacia é uma profissão diferenciada, pois é a única expressamente referida no texto Constitucional como indispensável à administração da justiça”. O presidente da Comissão de Ensino Jurídico, Flávio Buonaduce, lamenta que, nos últimos anos, a prioridade seja a quantidade de alunos nas faculdades e não a qualidade dos profissionais que elas formam.
O procurador-geral de Justiça, Eduardo Abdon Moura, se comprometeu a envolver o MP nessa luta. “Aceito o convite da OAB-GO, pois acredito que a atuação conjunta entre as instituições pode trazer resultados positivos”, afirmou. Eduardo Abdon disse que indicará um integrante da instituição para a campanha.
1/8 19h45