Como forma de aproximar a instituição da comunidade acadêmica, o presidente da OAB-GO, Miguel Ângelo Cançado, tem feito uma séria de palestras em universidades a convite de coordenações pedagógicas. Na segunda-feira, 5, o presidente esteve na Universidade Católica de Goiás (UCG) para falar aos estudantes sobre o papel institucional da OAB.
Logo na abertura do evento, Miguel Cançado fez uma homenagem à acadêmica Alice Barbosa, de 70 anos. Ela é aluna do primeiro período do curso de Direito da Universo e acompanhou toda a palestra. A acadêmica decidiu estudar Direito mesmo com três filhos e já com três bisnetos. Ela é um exemplo para todos nós, disse.
Durante a palestra, o presidente falou sobre o grande número de faculdades de Direito, a crise na segurança em que advogados são acusados de serem cúmplices de criminosos e o papel da OAB. Vemos surgir entidades que querem falar pela advocacia, mas esta é uma prerrogativa exclusiva da OAB, como diz o Estatuto, explicou. Ao ser questionado sobre o Exame de Ordem, ele foi categórico. Não queremos buscar o que o aluno não sabe, precisamos é garantir que o profissional chegue no mercado com o mínimo de conhecimento necessário. O caso de Suzane Von Richthofen, cujo advogado abandonou o Tribunal, fazendo com que o julgamento fosse adiado, também foi citado. O julgamento deve ser claro, com amplo direito de defesa. O papel institucional da Ordem também foi apresentado. Hoje a instituição está presente em todas as 119 comarcas de Goiás.
Na sexta-feira, 3, alunos da faculdade de Direito da Unip receberam o presidente da Instituição que encerrou a I Semana Científica da universidade. O convite foi feito pela coordenação do curso de Direito em parceria com o Diretório Central dos Estudantes. Miguel Ângelo Cançado abordou o tema Defensoria Pública Assistência Judiciária gratuita e acesso à Justiça.
O presidente diz que não se pode mais discutir a necessidade da existência de uma defensoria. Isto foi na década de 80. Agora é preciso estruturá-la para que ela possa atender satisfatoriamente a necessidade da população pobre. Hoje o papel da defesa dos cidadãos que não têm condições de pagar um advogado é feito pelos dativos. Só esta gestão conseguiu liberar quase R$ 7 milhões para pagamento dos advogados dativos. Estes recursos atendem principalmente os advogados do interior, onde está grande parte da comunidade que não pode pagar pelo acesso à Justiça, explica Miguel Cançado. A liberação destes recursos permitiu também o fortalecimento da economia local.
06/06 11h40