O presidente da OAB-GO, Miguel Ângelo Cançado, ressaltou hoje a importância da divulgação do OAB Recomenda. O Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil divulgou nesta segunda-feira, 15, os nomes dos 87 cursos de Direito que receberão o selo de qualidade emitido pela instituição aos cursos jurídicos que vêm apresentando melhor índice de qualidade nos últimos anos. Foi examinado um total de 322 cursos jurídicos em funcionamento em todo o Brasil, ante os 215 examinados na última edição do OAB Recomenda (divulgada em janeiro de 2004). Em Goiás, fazem parte da lista a UFG e a UCG. Em 2004, apenas a UFG havia sido selecionada.
Miguel Cançado ficou satisfeito com a inclusão de mais uma instituição de ensino superior de Goiás mas gostaria que mais unidades fossem selecionadas. Quem mais sofre com um ensino ruim são os próprios alunos e a sociedade brasileira que vai usar os serviços daquele que conseguir formar em uma faculdade não qualificada, explica ao falar do grande número de cursos de Direito no Estado. Em Goiás, segundo dados do MEC, são 30 cursos de Direito, dez na capital e o restante no interior. O presidente afirmou ainda que a entidade não é contra as faculdades de Direito. Somos contra os cursos que funcionam sem condições de oferecer ao estudante um ensino de qualidade, somos contra a mercantilização.
O OAB Recomenda lista os melhores cursos jurídicos ministrados por instituições de ensino superior públicas e privadas em funcionamento no país, seguindo critérios como a performance de seus alunos nas avaliações do Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (Enade), o Provão, e do Exame de Ordem. A OAB é a única instituição que faz este tipo de avaliação dos cursos de Direito, lembra Miguel. O programa foi criado para funcionar como instrumento de controle e incentivo à melhoria dos padrões de qualidade dos cursos, dentro da atribuição legal da OAB Nacional. O OAB Recomenda não tem o caráter de ranking de escolas nem desaprova ou desaconselha cursos. Apenas realça aqueles que apresentam melhor desempenho e podem ser tomados como referências, na busca do aprimoramento do ensino jurídico no país.
16/01 10h35