Funcionários do HDT pedem socorro à OAB-GO

15/06/2012 Movimento, Notícias

Médicos, enfermeiros e outros profissionais do Hospital de Doenças Tropicais (HDT) estiveram nesta sexta-feira (15) na sede da OAB-GO para denunciar a situação de "total abandono" pela qual passa a instituição. Os funcionários pediram socorro à Comissão de Direitos Humanos e protocolizaram documento, uma Carta Aberta à Sociedade, descrevendo todos os problemas estruturais e de material humano.

Os profissionais relatam que o HDT não comporta a demanda de pacientes, que é de aproximadamente 4 mil atendimentos e cerca de 270 internações mensais para 126 leitos, e denunciam a falta de insumos básicos como glicose; antibióticos; soro; capilares para realização de diálise; kits para imunologia; tubos para coleta de exames laboratoriais; e equipamentos de proteção como luvas e máscaras; material imprescindível a todo hospital, especialmente para aquele que lida com doenças infecciosas. Outra questão séria é a falta de lençóis e capotes por causa da interdição da lavanderia pelo Ministério Público do Trabalho (MPT), que não está funcionando justamente por falta de condições.

Em vista desse quadro, os funcionários resolveram se manifestar, pois já levaram a questão para o Conselho Regional de Medicina (CRM), o Conselho Regional de Enfermagem (Coren), o Ministério Público do Estado e a própria Secretaria de Estado da Saúde, mas a situação só tem agravado. Além disso, o Instituto Sócrates Guanaes, da Bahia, Organização Social (OS) que ganhou licitação para gerir o HDT, não deverá intervir no aparelhamento do hospital, visto que não será sua competência.

Desse modo, os funcionários decidiram recorrer à Ordem, que segundo eles é "um dos últimos baluartes da luta pela democracia". O presidente da Comissão de Direitos Humanos da OAB-GO, Alexandre Prudente Marques, recebeu os profissionais e afirmou que o documento vai se transformar em um procedimento na comissão, o que vai permitir a solicitação de esclarecimentos aos órgãos responsáveis, primeiramente à Secretaria de Estado da Saúde.

"Tenho acompanhado a questão do HDT com preocupação e espero que possamos ajudar. A saúde é um direito inviolável e, nesse sentido, o governo tem de dar conta dessa situação. Não importa a forma de gestão do Estado, desde que realize um atendimento digno e dentro das condições necessárias tanto para os pacientes como para os funcionários", afirma Prudente, que também levará a questão para o presidente da seccional, Henrique Tibúrcio, e para o presidente da Comissão de Direito Sanitário e Defesa do Direito à Saúde, Carlos Wellington Silveira Marinho.

O HDT tem em torno de 1 mil funcionários e, segundo os profissionais que estiveram na OAB-GO, o movimento não tem qualquer conotação política, simplesmente visa a garantir que os funcionários exerçam suas profissões dignamente, da mesma forma como a população goiana merece ser atendida.

Fonte: Assessoria de Comunicação Integrada da OAB-GO

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