O presidente da Comissão de Estágio e Exame de Ordem da OAB-GO, Jônathas Silva, considerou extremamente positiva a reunião realizada na manhã desta segunda-feira (15) com coordenadores de cursos de Direitos de instituições de ensino superior de Goiás. Motivada pelo alto índice de reprovação que vem sendo registrado nos Exames de Ordem, a Comissão convidou todas as 36 faculdades de Direito do Estado para discutir a qualidade ensino jurídico de Goiás e o conteúdo das provas elaboradas pelo Centro de Seleção e Promoção de Eventos (Cespe) da Universidade de Brasília (UnB).
No encontro, que teve a participação do presidente da OAB-GO, Miguel Ângelo Cançado, dos integrantes da CEEO Zenas Gonçalves Pereira e Luciano Mtanios Hanna, e do conselheiro seccional Ezequiel Morais, membro da Comissão de Ensino Jurídico, os 14 representantes de faculdades que estavam presentes apresentaram sugestões quanto à elaboração das provas, a fim de contribuir com a melhoria do Exame feito pelo Cespe. As faculdades tiveram um pensamento unânime em relação à aplicação do Exame de Ordem. Elas acreditam que a Comissão de Estágio e Exame de Ordem da OAB-GO acertou ao adotar a unificação e a terceirização das provas por meio do Cespe, ressaltou Jônathas Silva certo de que a profissionalização das provas fortalece o Exame. Vamos encaminhar ao Cespe as sugestões apontadas hoje para que possamos melhorar, ainda mais, a qualidade das provas futuras, afirmou.
Uma das sugestões feitas pelos coordenadores é que as provas abordem questões mais contextualizadas com a realidade da advocacia. Não há razão para se exigir a solução de peças processuais que, na prática, os advogados não vão utilizar. É preciso lembrar ainda que os examinandos são bacharéis recém-formados e que as provas devem ser adequadas à realidade acadêmica, sem pegas, asseverou a coordenadora de Programação Acadêmica da Universidade Católica de Goiás (UCG), Maria Nívia Taveira.
Nesse sentido, o presidente da Seccional ressaltou a preocupação da Seccional em relação à qualidade do profissional que vai para o mercado de trabalho. Temos um exame que avalia se o candidato está apto para ingressar na advocacia. Nós não temos a intenção de facilitar nem de dificultar, queremos realizar um exame com padrão de qualidade que afira, efetivamente, a condição do candidato, afirmou. E essa reunião mostra que a OAB-GO quer dar total transparência às ações relativas ao Exame de Ordem, bem como à sua elaboração. Portanto, o que for discutido aqui será repassado ao Cespe e às demais seccionais, informou.
Jônathas Silva disse que a intenção é manter um diálogo permanente com as faculdades com o objetivo de aprimorar o ensino jurídico e, por conseqüência, elevar o índice de aprovação no Exame. A intenção é mostrar que o Exame de Ordem é um indutor da qualidade do ensino jurídico e, como seus resultados têm apontado para uma deficiência dos cursos, queremos discutir soluções com as próprias faculdades, afirmou. E acrescentou: Há, entretanto, uma preocupação da OAB-GO em não interferir no projeto político pedagógico das escolas, já que não somos órgãos fiscalizadores, quem fiscaliza é o Ministério da Educação, por meio da Secretaria Nacional de Educação Superior.
A próxima reunião será realizada em conjunto com a Comissão de Ensino Jurídico da OAB-GO e contará com a participação de representantes das mantenedoras das faculdades e dos centros acadêmicos.
15/10 18h50
