O presidente do Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Cezar Britto, se reuniu, nesta sexta-feira (12), com diretores e conselheiros da OAB-GO, na sede administrativa da Seccional, no Setor Marista, na capital. Ele foi recebido pelo presidente Miguel Ângelo Cançado, vice-presidente Henrique Tibúrcio Peña, secretário-geral Celso Gonçalves Benjamin, diretor-tesoureiro João Bezerra Cavalcante, e os conselheiros Flávio Buonaduce Borges e Júlio César do Valle Vieira Machado. Na oportunidade, Cezar Britto, também conversou com estudantes de Direito da Universidade Católica de Goiás (UCG) que foram até a OAB-GO para participar da palestra do presidente Miguel Cançado.
Durante encontro com diretores da Seccional e na palestra que fez aos acadêmicos de Direito, Cezar Britto comentou as últimas decisões do Supremo Tribunal Federal (STF). Em relação à decisão do STF que, no dia 21 de agosto aprovou súmula proibindo o nepotismo no serviço público nos três poderes, Cezar Britto disse que não se pode fazer do Poder Público uma casa privada. Desde
Sobre o grampo telefônico, o presidente do Conselho Federal disse que o uso desenfreado e sem autorização deste sistema é uma afronta ao Estado Democrático de Direito. Cezar Britto afirmou que é preciso aperfeiçoar o combate ao crime sem ferir os direitos fundamentais do cidadão. Não se pode combater o crime a qualquer preço porque quem usa de meios ilícitos também se torna um criminoso, destacou. Os grampos são importantes instrumentos no combate ao crime, mas não podem servir para bisbilhotagem geral, fazendo com que todos pareçam culpados até que se prove o contrário, destacou. Não podemos permitir o uso desse mecanismo completamente livre e sem regras.
Em entrevista à imprensa, o presidente do Conselho Federal falou do grande número de advogados no País, em torno de 600 mil. Cezar Britto reafirmou que a OAB trabalha em conjunto com o Ministério da Educação (MEC) para a melhoria do ensino jurídico. A última ação conjunta resultou no corte de 3,5 mil vagas dos cursos de Direito no Brasil. Em Goiás, foram cortadas pouco mais de 300 vagas. Com a decisão destes cortes, subiu para 25 mil as vagas cortadas em todo o Brasil, mais da metade das 47 mil vagas que eram ofertadas. A profissão do Direito também atrai empresários gananciosos que praticam o que considero ser um estelionato educacional, disse. É preciso que as instituições se concentrem na qualidade do ensino.
Após a palestra, Cezar Britto e a diretoria da Seccional visitaram as obras da ampliação da sede administrativa da OAB-GO.
