Já começamos vencedores quando escolhemos Goiânia para sediar o Colégio Nacional de Presidentes dos Conselhos Seccionais. É com muita honra que estamos aqui, mostrando que não nos acovardamos. A palavra covardia não combina e não combinará jamais com o nome da Advocacia. Foi com esta afirmação emocionada que o presidente do Conselho Federal da OAB, Cezar Britto, deu início ao seu discurso de abertura do Colégio, ontem, 31. E ele foi ainda mais enfático: A força da Ordem está na exata compreensão de que nós somos um todo. Somos 600 mil advogados, 27 seccionais e 81 conselheiros federais. Todos, exatamente todos, unidos pelo mesmo objetivo. Não poderia, portanto, o Conselho Federal deixar de aqui estar, demonstrando essa unidade e irmandade, demonstrando que nós somos o que somos porque somos advogados. Em seguida, o presidente da OAB nacional convocou todos os presidentes das seccionais, conselheiros e advogados presentes no Colégio a refletirem. O que quer de nós a Ordem dos Advogados do Brasil? Que papel nós vamos desenvolver nesses três anos?, questionou. Esse é o grande dilema e o debate que nós vamos começar a partir de hoje, acrescentou. Cezar Britto continuou sua explanação citando a Reforma Política como uma das exigências da OAB aos seus advogados e dirigentes. Não se pode confundir política com politicagem. A política é fundamental para a vida. Por isso, nós não podemos abandonar a esperança de um Brasil melhor através do fortalecimento da política, disse. A profissionalização da Casa, a qualificação do ensino jurídico brasileiro e a unificação do Exame de Ordem também foram medidas relacionadas como emergenciais. Nós nos dedicamos voluntariamente, sem remuneração, ao serviço da cidadania. Talvez seja isso o que querem de nós, lançou. Ainda sobre os deveres daqueles que representam a Advocacia do País, o presidente do Conselho Federal acrescentou a urgente necessidade de combater o crime. O mundo todo, inclusive o Brasil, está exigindo uma posição clara de seus cidadãos sobre a criminalidade vigente. Será que devemos adotar um Estado Policial, onde tudo é permitido para acabar com o terror?. E Cezar Britto completou: Este Colégio de Presidentes dará muitas respostas que a sociedade está a cobrar e a Advocacia está a exigir de nós dirigentes. Ao encerrar o discurso, o presidente da OAB Nacional reiterou que a força da Ordem está na certeza de que seus advogados e dirigentes são os defensores do Estado Democrático de Direito. O início do evento, no auditório Eli Alves Forte, na sede administrativa da OAB-GO, foi marcado pela presença maciça dos conselheiros seccionais e federais; presidentes de comissões da OAB-GO; e autoridades, entre elas, o secretário Estadual de Justiça, Edemundo Dias; o presidente do Tribunal Regional do Trabalho 18ª Região – Goiás, Elvecio Moura dos Santos; o procurador-geral do Estado de Goiás, João Furtado de Mendonça Neto; e o representante do prefeito de Goiânia, o procurador-geral do Município, Marconi Pimenteira. 01/06 00h10