A Ordem dos Advogados do Brasil – Seção Goiás (OAB-GO) e a Associação Comercial Industrial e Serviços do Estado de Goiás (Acieg) promoveram na tarde desta quinta-feira (08/12) um encontro sobre as perspectivas econômicas e jurídicas para 2023. Com a participação de grandes nomes, o evento contou com o apoio do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas de Goiás (Sebrae-GO) e da Escola Superior da Advocacia (ESA).
Há poucos dias para a chegada de 2023, a previsão para o ano que vem é de desaceleração econômica e crescimento do PIB brasileiro de 3%. É o que avaliou o mestre e doutor em Economia pela Fundação Getúlio Vargas em São Paulo, Paulo Gala. Segundo o palestrante-convidado do evento, a exemplo da balança comercial, o Brasil fechará positivamente. “Isto é, na conjuntura econômica o nosso país fechará 2022 de forma positiva”, prevê.
“Este é um evento para que tenhamos uma visão para 2023, em que estamos ansiosos para o que a de acontecer. Se olharmos por qualquer ângulo, nós temos a segurança de instituições maduras. Porém, as perspectivas de alterações legislativas que impactam diretamente o setor econômico”, avalia o presidente da Seccional Goiana, Rafael Lara Martins.
O superintendente do Sebrae-GO, Antônio Carlos Souza Lima Neto, falou da satisfação de participar do encontro imprescindível para debater os desafios a serem enfrentados no próximo ano. “Que possamos visualizar o cenário, que acreditamos ser um cenário positivo, apesar de todos os desafios que certamente encontraremos a partir do ano que vem diante das circunstâncias do cenário macroeconômico e, principalmente, do cenário mundial”, prevê.
Ao falar dos desafios da retomada do crescimento econômico pós-pandemia, o presidente da Associação Comercial Industrial e Serviços do Estado de Goiás (Acieg), Rubens Fileti, enfatizou a importância da união de forças entre as entidades. “Nos honra muito essa parceria com a OAB Goiás num momento pós covid-19, onde a economia do Brasil foi intensamente impactada por uma crise sanitária sem precedentes causada pelo cenário atípico dessa pandemia”, destacou.
O desenvolvimento econômico como aprendizagem produtiva
De acordo com o palestrante-convidado do encontro ‘Perspectivas Econômicas e Jurídicas para 2023’, o Brasil já se recuperou financeiramente da pandemia. O pesquisador e economista avalia ainda que o PIB já voltou ao mesmo nível de 2013 e 2014. “Este ano terá o maior crescimento desde 2013. O que representa um aumento de 3%. A balança comercial também fechará positivamente”, enfatiza o palestrante.
“No ramo estrutural as perspectivas já não são tão boas, já que o Brasil ainda têm muitos desafios em meio a complexidade produtiva no mundo. Então, se o país não conseguir subir essa escada, não haverá ganho real”, prevê Paulo Gala ao fazer projeções para 2023.
O mestre e doutor em Economia pela Fundação Getúlio Vargas em São Paulo apresentou dados em que “o Brasil continua entre os dez países com maior desigualdade, justamente pela falta de sofisticação produtiva. Novamente, o nosso país está aquém dos países mais ricos e bem desenvolvidos. E essa que é a grande preocupação; estruturalmente estamos num nível muito ruim”, afirma.
Paulo Gala destaca como outro legado positivo, em meio à tragédia provocada pela pandemia, a união entre as nações. “Esse processo inflacionário está passando. Há uma forte tendência para uma inflamação menor tanto no Brasil como nos Estados Unidos”, projeta.
