Busato: “Voto nulo é um desserviço à nação”

19/09/2006 Antiga, Notícias

 


O presidente da OAB Nacional, Roberto Busato, disse em Goiânia que o voto nulo é um desserviço à nação. Ele esteve na capital participando do Dia de Mobilização contra a Corrupção Eleitoral, evento promovido pela OAB-GO, CNBB, Secretaria da Educação e entidades parceiras do Movimento Goiano de Combate à Corrupção Eleitoral. A ação foi realizada no último sábado em 129 escolas estaduais de Goiás. Busato, acompanhado pelo presidente da OAB-GO, Miguel Ângelo Cançado,  pelo coordenador do movimento no Estado, Murillo Macedo Lôbo, e pela secretária da Educação, Milca Severino, percorreu escolas estaduais em Goiânia onde falou sobre a importância do voto consciente.


Acompanharam o presidente nacional, o vice-presidente da OAB-GO, Marco Antônio Caldas, o secretário geral Henrique Tibúrcio, os conselheiros José Porfírio, Cleomar Rizzo Esselin Filho, Marisvaldo Cortez Amado e Márcio Pacheco.  O presidente da OAB-BA, Dinailton Nascimento, também acompanhou a mobilização em Goiânia. Roberto Busato recebeu das mãos de Miguel Ângelo Cançado o relatório do segundo mês de funcionamento do disque-denúncia, o 0800-646-8866 colocado à disposição da comunidade para combater a corrupção eleitoral.


 “Com o voto nulo o que conseguimos é nos manter fora da situação, fora da participação”, disse Roberto Busato. Para o presidente do Conselho Federal, o voto é uma mercadoria muito cara, muito preciosa para a democracia e o Estado democrático de Direito. “Eu não jogaria fora essa grande arma, essa arma democrática, uma arma civilizada, com a qual se pode mudar vida da sua cidade, do seu Estado, da sua nação. Acredito que nesse momento por que estamos passando, por uma crise muito forte das instituições, principalmente políticas, o voto se torna quase imprescindível, no seu bom uso. Então, me parece que o voto nulo perde completamente a razão de ser no Brasil de hoje, dada a seriedade do momento que vivemos no campo político”, destacou.


 Busato também falou sobre a iniciativa da OAB-GO de levar a campanha de combate à corrupção para as escolas. Para ele, o jovem tem a capacidade da indignação e do clamor. “Temos que preparar esta geração para um Brasil mais ético”, ressaltou. “A OAB-GO agiu de forma absolutamente correta e tem conseguido conduzir a campanha com maestria ao lado da CNBB, assim como também acontece na esfera nacional”. O presidente do Conselho Federal explicou que a Instituição tem se estruturado em todo o Brasil em prol do movimento e as seccionais tem um papel fundamental nisto, já que em Brasília, onde está sediado do Conselho Federal, há apenas o controle geral da campanha. “São as seccionais que realizam a campanha”.


O resultado prático não é a curto prazo. Busato lembra que nestas eleições o objetivo é estimular uma cidadania ativa, fazer com que o eleitor tenha consciência do seu voto, a arma do eleitor. “Queremos tornar este voto absolutamente conseqüente, mostrando ao eleitor que ele pode mudar um destino com o seu voto”.


  


Advogados e o crime


 Em relação à revista de advogados que visitam seus clientes em prisões, questão discutida no Congresso Nacional, o presidente nacional OAB, Roberto Busato defendeu que ela seja realizada pelo meio eletrônico, “exatamente como é feita a segurança nos aeroportos, nos prédios públicos e até mesmo nos tribunais, inclusive o Supremo Tribunal Federal”, explicou. “O que a OAB não aceita, em hipótese nenhuma, é a revista manual do advogado”.


Busato destacou ainda que “a OAB nunca pediu qualquer tipo de privilégio e nem qualquer tipo de salvo conduto para entrar em um prédio público, sem passar pelos controles de segurança. “Nos submetemos aos controles de segurança dos prédios públicos e dos presídios, em particular, com toda a tranqüilidade, desde que se preserve a nossa integridade e a nossa dignidade profissional”, afirmou. Roberto Busato ressalvou que defende a posição de que quem deve ser revistado é o preso, “antes e depois do contato com qualquer pessoa seja advogado, juiz, padre, policial, familiar ou guarda penitenciário”.


 


19/09 – 09h30

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