Problemas com a operadora de telefonia, juros abusivos no crediário, indenizações. Qual consumidor já não teve problemas para resolver pendências ou mesmo dificuldades para conseguir ter seus direitos garantidos? Pois esse foi o assunto da palestra promovida pela Comissão de Direitos do Consumidor (CDC) da OAB Goiás a estudantes do Centro de Educação de Jovens e Adultos (Ceja) do Setor Universitário, na tarde desta quarta-feira (8). Não demorou e logo as mãos começaram a se levantar, com estudantes, das mais variadas faixas etárias, trazendo seus comentários e, principalmente suas dúvidas. A experiência foi o piloto de um projeto que pretende levar a educação consumerista à rede pública de ensino.
A idealizadora e presidente da CDC, Renata Abalém, buscou tratar o assunto numa linguagem acessível, o que na sua concepção estimulou a participação dos alunos. Ela ainda destacou a importante de se fornecer acesso a informação. “Nós temos leis de vanguarda, mas elas não refletem no nosso dia a dia, porque não sabemos buscar o cumprimento destas leis”. O balanço por parte da diretora do Ceja, Carlene Silvestre, foi bastante positivo. “É extremamente importante trazer essa discussão em uma escola orientada para ensino supletivo, principalmente de estudantes adultos, que são consumidores ativos”, afirmou. A diretora afirmou ainda que o projeto deveria até mesmo contemplar outras áreas do direito.
O assunto despertou muito interesse entre os alunos que acompanharam a exposição. “A palestra foi ótima. Às vezes até sabemos quais são os nossos direitos, mas não sabemos como proceder”, foi o que disse a estudante Zenaide Antônio de Barros Costa, de 47 anos, aluna do terceiro ano do ensino médio. Já para o jovem Pedro Paulo Rodrigues, 18 anos, aluno do 6º ano do ensino fundamental, o assunto têm tanta importância que deveria fazer parte da grade curricular. “Já pensou se tivéssemos sempre essas aulas? O quanto o País seria melhor?”, reflete o estudante. O tutor educacional da rede estadual, Nilton César Guimarães Rezende, diz que a boa recepção por parte dos alunos estimula a continuidade do projeto. “Já temos planos de levar a palestra a outras unidades da rede pública de ensino”, completou.
(Texto: Marília Noleto – Assessoria de Comunicação Integrada da OAB-GO)
