Nesta sexta-feira, dia 27 de junho, a advocacia trabalhista goiana se reuniu no Tribunal Regional do Trabalho da 18ª Região (TRT-18) para um café da manhã em homenagem ao Mês da Advocacia Trabalhista. Organizado pelas comissões de Direito do Trabalho, Direito Sindical e Direito Empresarial da Ordem dos Advogados do Brasil – Seção Goiás (OAB-GO), o evento destacou a coesão da categoria como um exemplo nacional e reforçou a importância da Justiça do Trabalho para a sociedade.
Enquanto a banda da Polícia Militar animava o ambiente, o clima de confraternização tomou conta dos presentes, entre eles o presidente da OAB-GO, Rafael Lara; Chrissia Bandim, secretária-geral da Caixa de Assistência dos Advogados de Goiás (Casag) e diretora de comunicação da Ordem; e os presidentes das comissões organizadoras: Jerônimo José Batista Júnior, Maria Eugênia Neves Santana e Carla Franco Zannini.
União como exemplo para o país
Durante seu discurso, Rafael Lara destacou a integração da classe trabalhista em Goiás como modelo para outras regiões. Segundo ele, a antiga rivalidade entre entidades como Agatra, IGT e a OAB deu lugar a uma colaboração que fortalece todo o sistema trabalhista. “Essa aproximação prova que há espaço para caminharmos juntos, servindo de inspiração para a Justiça do Trabalho em todo o Brasil”, afirmou.
O presidente também ressaltou a importância do diálogo ativo entre os profissionais, reconhecendo que divergências são naturais, mas que o respeito mútuo é essencial. Lara ainda mencionou iniciativas para aprimorar o uso do PJe, aperfeiçoar cálculos trabalhistas e ampliar a capacitação da categoria por meio de cursos especializados. “Goiás tornou-se referência nacional tanto pela advocacia trabalhista quanto pelo nosso tribunal”, celebrou.
Fortalecendo a classe e a justiça social
Para Chrissia Bandim, uma das organizadoras, o encontro simboliza a força da advocacia trabalhista e o compromisso com a sociedade. Ela destacou o papel da Casag em apoiar advogados e promover ações que beneficiam a categoria. “A advocacia trabalhista é a base de muitas conquistas sociais. Essa união reflete nosso compromisso coletivo”, afirmou.
“É emocionante ver tantos colegas reunidos em prol de uma advocacia mais forte e representativa. Essa interação entre advogados, entidades e comissões confirma que estamos no caminho certo. Unidos, representamos melhor nossos clientes e lutamos por um sistema mais equilibrado e justo”, concluiu.
Equilíbrio entre capital e trabalho
O presidente da CDTrab explicou que o café da manhã vai além da celebração do mês dedicado à advocacia trabalhista, é uma promoção de debates sobre as transformações da área e seus impactos. “A advocacia trabalhista representa o equilíbrio entre capital e trabalho. Em Goiás, temos uma classe forte e unida, algo que nem todos os estados podem dizer”, afirmou Jerônimo.
O advogado trabalhista atribuiu essa força à liderança do presidente Lara, que incentiva continuamente a integração dos grupos trabalhistas. “Graças a essa gestão, caminhamos lado a lado, fortalecendo a categoria e a Justiça do Trabalho”, destacou.
Ele também reforçou que a harmonia entre os advogados beneficia toda a sociedade ao promover avanços coletivos. “As entidades vinculadas ao Direito do Trabalho, como CDTrab, Cedet, CDSind, IGT e Agatra, estão alinhadas para fortalecer a Justiça do Trabalho e garantir a valorização da classe”, finalizou.
Diálogo entre as esferas patronal e laboral
A presidente da Cedet, em seguida, ressaltou que o evento é fruto do diálogo entre as advocacias patronal e trabalhista — fundamentais para o equilíbrio do sistema. “A Justiça do Trabalho é essencial para trabalhadores e empregadores. O presidente Lara sempre defendeu a coesão entre essas duas esferas, mostrando que, embora defendam lados distintos, é preciso caminhar juntos”, explicou Zannini.
Carla também comentou o equívoco comum de que a Justiça do Trabalho favorece apenas os trabalhadores. “O foco é o cumprimento justo dos direitos, independentemente do lado envolvido”, disse.
Cláusulas justas e o papel do direito sindical
Maria Eugênia aproveitou para destacar o papel fundamental do direito sindical na busca pelo equilíbrio nas negociações coletivas.
“O Direito Sindical protege a dignidade e a justiça de grupos inteiros de trabalhadores, indo além das demandas individuais para promover justiça social e equilíbrio na sociedade. É crucial que as cláusulas das normas coletivas de trabalho sejam formuladas de maneira equilibrada e exequível, de modo a não sobrecarregar nenhuma das partes na relação de trabalho. Assim, assegura-se que essas cláusulas sejam efetivamente cumpridas e não se tornem letra-morta”, explicou.
Ela reconheceu avanços na advocacia sindical em Goiás, mas apontou desafios decorrentes de fatores culturais e da perda de força causada por visões midiáticas negativas.“Estamos em processo de recuperação e resgate da relevância do segmento sindical, mostrando sua importância para a justiça social”, concluiu com otimismo.
Presenças
O evento contou com a participação de conselheiras seccionais como Carla Sahium, Andressa Rodrigues Pereira e Tatiana Givisiez – que também é coordenadora de eventos da OAB-GO; Arlete Mesquita, secretária da Comissão Especial de Direito Desportivo do Conselho Federal da OAB; o desembargador do trabalho Wellington Luís Peixoto; Cristiane Fragoso Pavan, presidente da Associação Goiana da Advocacia Trabalhista (Agatra); e Gustavo Afonso Oliveira, presidente do Instituto Goiano de Direito do Trabalho (IGT).