Promotor Fernando Krebs fala sobre corrupção à advocacia jovem

13/05/2015 Evento, Notícias
A Comissão da Advocacia Jovem (CAJ) da OAB-GO realizou, nesta terça-feira (12), um debate sobre corrupção com o promotor de justiça Fernando Krebs. O evento, realizado na Sala de Sessões da seccional, contou com a participação do vice-presidente da instituição, Antônio Carlos Monteiro da Silva, o secretário-geral, Julio Cesar Meirelles, o vice-presidente da CAJ, Braulio Rodrigues Duarte, o secretário-geral da comissão, Luiz Alves de Carvalho, a secretária-geral adjunta da CAJ, Silvienn Ferreira Pires, e o coordenador da subcomissão do Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral (MCCE), Thiago de Melo Lopes.
Julio César Meirelles destacou que a discussão sobre corrupção é muito cara à OAB, que desenvolve o papel de defender a constituição, a República e o Estado Democrático de Direito. "Estamos recebendo hoje em nossa casa uma das pessoas mais gabaritadas para falar sobre o tema no país. A nossa instituição defende essa bandeira, de combater a corrupção que assola o Brasil", destacou.
Fernando Krebs agradeceu o convite para palestrar para os jovens advogados e destacou que a OAB está sempre atenta à democracia. "Hoje vivemos desafios que a Ordem vai precisar participar em defesa do cidadão." O promotor externou ainda sua preocupação com os advogados em início de carreira e o mercado de trabalho e as dificuldades de ingressá-lo pelos jovens profissionais. "Fazer Direito no Brasil é uma verdadeira luta, porque vocês trabalham pelo primor da lei num país em que se faz tudo para não cumpri-la."
Para Fernando Krebs a corrupção fez com que o brasileiro não acreditasse mais em si e não internalizasse o conceito de cidadania. "Podemos constatar isso nas eleições, em que cerca de 1/3 da população não vota há muito tempo." Ele destacou ainda que o desafio do Brasil é reduzir os números da corrupção para níveis aceitáveis. "E isso significa melhorar serviços públicos como saúde, educação e segurança, e isso é perfeitamente possível", ressaltou.
O promotor falou ainda sobre os avanços e retrocessos da Lei de Improbidade Administrativa, aprovada em 1992 no governo de Fernando Collor, e a atuação do Ministério Público. "Pela primeira vez começamos a levar políticos para o banco dos réus, mesmo que na esfera cível. Inegavelmente isso é um avanço", encerrou.
(Texto: Carolina Pessoni – Assessoria de Comunicação Integrada da OAB-GO)
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