Goiana conquista vaga no TST

O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, escolheu ontem (9) à noite a advogada goiana Delaíde Alves Miranda Arantes, 58, para o cargo de ministra do Tribunal Superior do Trabalho (TST), que pelo quinto constitucional, assegura 20% das vagas dos tribunais federais a advogados e promotores. A goiana nascida em Pontalina disputou a vaga com outros dois advogados trabalhistas, o paulista Luiz Carlos Moro e o alagoano Adriano Costa Avelino.

O próximo passo, para a advogada que já passou pelo crivo da Ordem dos Advogados do Brasil, ao ser incluída em lista sêxtupla formada por advogados, que se inscreveram de todos os locais do País, e em lista tríplice do próprio TST, será a sabatina pelo Senado. A posse vai ocorrer na gestão da presidente eleita Dilma Rousseff (PT).

Candidata com mais experiência na área trabalhista, 30 anos completos de advocacia, está ligada ao Direito do Trabalho desde a faculdade, quando já estagiava na área. Sua data de nascimento, 1º de maio, é mais uma coincidência para quem sempre atuou na área trabalhista e sindical. Autora de obras jurídicas e representante de entidades na área, é atualmente presidente do Instituto Goiano de Direito do Trabalho (IGT). Foi a primeira mulher presidente da Associação Goiana dos Advogados Trabalhistas – Agatra, e lecionou Direito na PUC-GO. Delaíde Arantes foi também conselheira da OAB-GO por duas gestões, na segunda, como membro da diretoria, no cargo de secretária-adjunta. Vice-presidente da Associação Brasileira de Mulheres de Carreiras Jurídicas em Goiás – ABMCJ-GO, e integrante do Conselho Estadual da Mulher – Conem.

Apoiada pelo presidente da OAB em Goiás, Henrique Tibúrcio, Delaíde concorreu com mais 19 colegas de profissão de todo o País. Dos 20 concorrentes iniciais, foram escolhidos seis pessoas, que passaram pelo crivo do TST. Dos 27 minitros da Corte, Delaíde obteve 21 votos para seguir na disputa. A lista final, composta por três advogados, foi entregue ao presidente da República, que analisa a vida profissional dos indicados e escolhe o novo ministro.

Em reportagem publicada pelo Diário da Manhã em novembro deste ano, Delaíde disse que o principal desafio, caso vencesse, seria aumentar a celeridade com que os processos no Tribunal são julgados. Delaíde explicou na época, que existem muitos processos do setor público e da área bancária, por exemplo, que atravancam a quantidade de julgamentos que são realizados pelo TST. “Para o trabalhador e para as empresas, o julgamento tardio poderia corresponder à ideia de que não irá se fazer justiça”, disse à reportagem do DM. Delaíde é esposa do secretário nacional de Meio-Ambiente do PCdoB, Aldo Arantes.

Fonte: jornal Diário da Manhã

PHP Code Snippets Powered By : XYZScripts.com
×