Seccional goiana considera positiva decisão do MEC

02/02/2007 Antiga, Notícias


 


O presidente da OAB-GO, Miguel Ângelo Cançado, considerou positiva a medida do Ministério da Educação (MEC). O ministro Fernando Haddad anunciou nesta sexta-feira, 2, que o Ministério somente autorizará o funcionamento de novos cursos de direito após analisar recurso da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) nos casos em que a entidade for contrária à instalação do curso. Hoje raramente os pareceres da OAB não são levados em conta. “Vamos ter um diálogo mais firme com o Ministério da Educação”, comemorou o presidente da Seccional. 


   Miguel Cançado disse que a OAB sempre lutou para que o MEC desse um peso maior ao parecer da Instituição, já que a Ordem desenvolve um trabalho equilibrado, transparente, sério e responsável. “A OAB tem uma luta centenária para preservar o ensino jurídico no país e acompanha de perto todas as questões relacionadas ao Direito”, disse.  “Se os critérios se tornarem mais rigorosos para os cursos, podemos esperar que estudantes  e profissionais  cheguem ao mercado com uma melhor preparação”. 


   O presidente do Conselho Federal, Cezar Britto, afirmou que a novidade “significa o reconhecimento de que o modelo anterior se exauriu e de que não podemos mais conviver com a proliferação de faculdades jurídicas mercantilizadas, que frustram o sonho de ascensão social da cidadania brasileira”. A portaria também criará a Comissão Técnica Acadêmica (CTA) que analisará os pareceres da OAB. A intenção é de que enquanto a comissão não julgar o recurso contra a abertura de um curso, ele não poderá funcionar.


   “Até aqui, os pareceres da OAB raramente eram considerados nas instâncias do MEC”, observou o ministro. “Mas a partir de agora, toda vez que a Ordem dos Advogados manifestar contrariedade em relação a uma autorização, essa decisão tem que ser revista por um órgão recursal, à maneira do que já que temos na Caps”, disse o ministro. Um sistema semelhante deverá ser criado para análise da instalação de cursos de medicina.


   Haddad também propôs no encontro que a OAB participe da fase de renovação do reconhecimento de cursos de direito. O MEC já leva em conta os resultados do Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (Enade). Haddad sugeriu que quando for emitir o parecer a OAB considere os resultados dos estudantes no exame nacional da entidade para avaliar as instituições de ensino.


 


02/02 – 21h10


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