O Tribunal de Ética e Disciplina da OAB-GO (TED) realiza sessão plenária nesta terça-feira, dia 19, para dar continuidade aos estudos sobre a disciplina de ética nos cursos jurídicos em Goiás. Na reunião, que está marcada para as 19 horas, na sede administrativa da OAB-GO, estarão presentes diretores de faculdades de Direito, professores, integrantes de comissões da Secional da Ordem e conselheiros, além do próprio presidente da OAB-GO, Miguel Ângelo Cançado. O evento também é aberto à população em geral.
O TED já vem realizando levantamento para verificar o número de aulas de ética ministradas nas faculdades goianas. A intenção é buscar formas de ampliar o espaço da disciplina na grade curricular dos cursos de Direito. Segundo o presidente do Tribunal de Ética e Disciplina, Célio Medeiros Cunha, todas as faculdades já foram comunicadas sobre o estudo e forneceram a grade curricular. Em algumas instituições, observa, a disciplina é oferecida em apenas um semestre. Por isto, estamos fazendo este estudo em conjunto com as faculdades para melhorar e intensificar os estudos éticos nas profissões jurídicas. A idéia é que haja um período maior de reflexão e aprendizado, destaca.
A discussão surge no momento em que há denúncias de envolvimento de advogados com o crime organizado. Sobre este assunto, a OAB não está inerte e nem compactua com o advogado que defende o crime. O advogado deve defender a pessoa, o ator, não a ação. Na esfera nacional, a OAB propõe mudanças no Estatuto da Advocacia para tornar mais rigorosa a punição daquele profissional que se desvirtua do caminho da ética. Em Goiás, a seccional faz sua parte.
A OAB-GO, no que concerne ao cumprimento dos deveres éticos e legais por parte dos advogados, tem sido implacável nas sanções disciplinares aos infratores, sem deixar de lhes assegurar ampla defesa. Viajamos o interior do Estado divulgando o Código de Ética e Disciplina e lembramos que o referido código também tem princípios necessários a qualquer profissão ou no dia-a-dia do cidadão: a busca pela justiça, respeito à lei, igualdade, lealdade, boa-fé, dignidade, diz Miguel Ângelo Cançado. Se um indivíduo, ao longo de sua vida, não se importou com estes princípios, não irá fazê-lo no momento de exercer sua profissão, acrescenta o presidente ao justificar a preocupação com o ensino da ética nas faculdades. Por meio de cursos, palestras e encontros como este, realizado pelo Tribunal de Ética e Disciplina, estamos atuando para mostrar que o exercício da advocacia só é possível com ética, finaliza.
19/09 10h
